sexta-feira, 28 de abril de 2017

Poemas da Cidade - 2015

Celeiro
Jerônimo de Almeida Neto

Livre terra querida,
tão pequena nasceste,
às margens do caminho do mar.
Enquanto crescias,
muitos para teu seio rumaram,
e vários, em ti se fixaram.

Em teu crescimento juvenil,
nos ofereceste pão e abrigo.
E do teu solo,
todos colheram a vida.
Mais que grande,
te fizeste gigante.

Da indústria,
te fizeste viveiro.
Do progresso,
fostes o celeiro.
Em teu solo,
coloquei meus pés,
há muitos anos passados.

Em ti,
plantei meus primeiros passos.
Sobre ti,
corri feito moleque.
Fui criança e,
ainda jovem, entrei na dança.

De baile em baile,
construí minha andança.
De teus heróis,
herdei a bravura,
que na vida,
me fez vendedor.
Batalhei, aprendi, ensinei.

De muitas formas,
me fiz lutador.
Das oportunidades que me ofereceste,
não fui mais que mero coletor.

Uma a uma,
possibilidades me deste.
As busquei,
de norte a sul e de leste a oeste.
E foi delas que construí,

a vida, que em teu solo floresce.